terça-feira, 12 de abril de 2011

Literatura de Cordel






Já que agora Cordel está na moda, nada mais justo do que tentar decifrar o que significa isso. Né? 

Bem, a literatura de Cordel foi trazida para o Brasil pelos nossos ‘queridos’ portugueses e principalmente no nordeste se tornou uma forte tradição. Poema de Cordel é um tipo de escrita popular, originalmente oral, que depois foi produzida em forma impressa - em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, estes folhetos eram expostos para venda e pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. Mas a tradição do barbante não perpetuou aqui no Brasil. 

No início, os temas de Cordel estavam ligados a mitos, ‘causos’ do cotidiano, episódios históricos, temas religiosos, a vida do cangaceiro Lampião e Maria Bonita, as histórias vindas de Portugal das princesas aos feitos de reis, romances ou novelas de amor e de cavalaria, secas, milagres, narrativas de guerra e conquistas marítimas e muito mais transmitidas oralmente de geração a geração.  Como não havia jornal, rádio, TV, blogs, twitter... a poesia popular ocupou esse espaço, por meio de cantorias e mais tarde também a forma escrita. Alguns poemas são ilustrados com Xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. Essa tipografia utilizada nos folhetos é conhecida como Xilogravura Popular Brasileira, que é considerada uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada no Brasil por intermédio da literatura de Cordel.  Esta técnica de gravura que utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução de imagens e textos sobre papel e outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.

As principais características de um poema de cordel é que suas histórias são bem trabalhadas, a linguagem utilizada é bem fácil de ser compreendida, as estrofes são sempre rimadas, os versos bem medidos e as palavras são cadenciadas, podendo ser recitadas por seus próprios autores ou também pelos chamados cordelistas, que recitam esses versos de forma melodiosa, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

O principal divulgador desta Arte é o poeta Leandro Gomes de Barros (1868-1918) que é considerado o maior poeta popular do nordeste, o primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel- tendo escrito mais de 230 obras, e ainda é considerado o maior poeta popular do Brasil em todos os tempos. Autor de vários clássicos e campeão absoluto de vendas, com muitos folhetos que ultrapassam a casa dos milhões de exemplares vendidos, compôs obras-primas que eram utilizadas em obras de outros grandes autores como Ariano Suassuna, um dos maiores escritores brasileiros que na produção de um drama insere características de literatura de Cordel que é a peça conhecidíssima: O auto da Compadecida.

Atualmente, podemos dizer que qualquer assunto poderá virar um poema de cordel, isso só dependerá da habilidade do Poeta, já que os poemas também passaram a retratar acontecimentos recentes.

Espero ter compartilhado uma infomação boa para que você assim como eu entenda os movimentos literários que aparecem no nosso cotidiano. (entenda 'cotidiano' como a novela da telinha da globo!)      :)

9 comentários:

  1. Que legal!!! :D
    Adorei que você compartilhou um pouco sobre o cordel, aliás estou encantada com a novela. <3

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  2. Ai que legal! Adorei, Amandinha!*_*

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  3. Talento demais, fiquei encantada, tanto com a novela, quanto com o link, excelente texto amiga *-*

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  4. Ai adorei,
    já amava a literatura de cordel
    agora então
    me apaixonei
    parabens!

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  5. eu só gosto de cordel porque minha prof. so passa trabalho de cordel!!!!! que droga

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  6. muito interessante,isso ajuda a mostrar a cultura do ser humano!parabens!

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  7. Eu adoro a literatura de cordel principalmente a de Lanpião.

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  8. nossa essa esplicação me ajudou muito
    é bem esplicada tem varios detalhes da literatura de cordel
    gostei obrigaduuuu
    bjusss

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