'Eu até que nem gostava
De sair da minha casa
Mas quando eu menos esperava
Parece que criei asa
Errando de porto em porto
Sou ave de migração
Mala de mão, peso morto
Sou quilombola ou balão
Não sei se sou o inimigo
Ou do inimigo me escondo
Não sei se fujo ou persigo
Por esse enredo, enredo, redondo
De sair da minha casa
Mas quando eu menos esperava
Parece que criei asa
Errando de porto em porto
Sou ave de migração
Mala de mão, peso morto
Sou quilombola ou balão
Não sei se sou o inimigo
Ou do inimigo me escondo
Não sei se fujo ou persigo
Por esse enredo, enredo, redondo
Eu até que nem gostava
De sair da minha casa
Mas quando eu menos esperava
Parece que criei asa
Eu quero entrar num boteco
Me jogam num avião
Eu vou dormir em sueco
Me acordam em alemão
Não sei se espero ou se brigo
Não sei se calo ou respondo
Não sei se fujo ou persigo
Por esse enredo, enredo, redondo’
De sair da minha casa
Mas quando eu menos esperava
Parece que criei asa
Eu quero entrar num boteco
Me jogam num avião
Eu vou dormir em sueco
Me acordam em alemão
Não sei se espero ou se brigo
Não sei se calo ou respondo
Não sei se fujo ou persigo
Por esse enredo, enredo, redondo’
É na poesia de Chico que me enquadro neste momento, na dicotomia explícita de querer voar e ter medo de onde poderei parar, acompanhada daquela velha vontade de gritar. Pura confusão mental pra que acabou de citar Shakespeare em algum lugar: “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazer perder o que poderia ser nosso pelo simples medo de tentar”. Tentar é um fato, mas continuar dando murro em ponta de faca é que não dá. Vou procurar saídas, mesmo que elas não sejam pelos ventos, quem sabe pelas águas? Que já tenho companhia mesmo se o barco furar!? E as perguntas continuam enquanto o inferno durar...
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